“Incutir o pânico é uma arma conhecida desde a mais remota antiguidade.
Trata-se de um estado de espírito nascido do medo do desconhecido que leva ao bloqueio do raciocínio, tornando todo aquele que por ele é atingido uma presa fácil.
A ameaça, o medo e o pânico são o tridente da mentira. Esta, incapaz de se manter em pé por força própria, necessita destes companheiros combatentes para se impor à verdade. Sempre com receio de serem desmascarados assopram todos no grande balão da mentira para a propagandear como se de uma realidade se tratasse. Muitos que dela se aproveitam enchem o mesmo balão, tornando-o cada vez maior.
Assim a mentira paira sobre as nossas cabeças como se de uma campanha publicitária se tratasse. Trata-se apenas de uma mentira, algo perigoso por só se manter vivo enquanto não for desmascarada como tal.”
Uso as palavras do escritor que ilustram bem o pânico. Este pode ser externo e como tal incutido, ou pode ser despoletado em nós em circunstâncias extraordinárias e difíceis das nossas vidas. Não me estou a referir a situações mais graves que requeiram cuidados clínicos.
Também do ponto de vista cabalístico o pânico está associado à mentira. A nossa mente é fértil e perante um qualquer desconhecido (situação, pessoa) faz-nos acreditar em coisas não reais que nos causam medo e então esse medo cresce descontrolado. Se conheceres os teus medos e inseguranças, se tiveres absoluta certeza da tua verdade, essas “mentiras” não encaixam e ultrapassas estas situações (exteriores: medo da guerra, da doença, etc.) com mais tranquilidade e segurança!
Em caso de sentires as batidas do coração aceleradas e algum desconforto e descontrolo, procura respirar fundo e pensar em algo que te faz feliz. Este treino pode ser repetido até não sentires ansiedade alguma.
Não deixes que se instale e evolua para um quadro clínico.
Pratica e reflete nisto, quer se trate do pânico, do medo, da insegurança ou da incerteza, toma consciência que são produto da tua mente e do teu ego, não da tua real e verdadeira essência.