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Equívocos ao aprender Cabalá

Existem pelo menos sete equívocos ou coisas que as pessoas erram ao aprender Cabalá:

Então como entrar no caminho certo? Confira quais os equívocos.

1. Mito: Ninguém sai de uma aula de Cabalá a entender tudo.

Verdade: Cabalá é sobre a mente humana tentando agarrar o inapreensível.
Os cabalistas abraçam o mistério da unidade de Deus e, ao mesmo tempo, desmistificam-no tanto quanto a mente humana é capaz de compreender. Nas palavras dos cabalistas, precisamos trazer o divino o mais próximo possível da mente humana, mesmo que nunca possa realmente se encaixar.

A Cabalá fornece uma metáfora potente para o final divino do universo a partir de elementos da psique humana. Vontade e desejo tornam-se metáforas para a Luz Infinita. A consciência e a personalidade humanas fornecem-nos uma visão das sefirot e das emanações. Pensamento e fala articulados fornecem a metáfora para o ato de criação.

A verdade é que também não entendemos o que é qualquer um deles. O que é emoção? O que é consciência? Nós os experimentamos em primeira mão. Então, falar nesses termos fornece-nos pelo menos um indício de afinidade com o funcionamento interno do nosso universo.
Isso é vital, porque sem algum grau de clareza e compreensão, não temos como integrar o que aprendemos na vida prática. E é disso que realmente trata a Cabalá – a vida prática neste mundo num modo divino.

2. Mito: Os livros básicos da cabala foram traduzidos e disponibilizados para qualquer pessoa que queira se tornar mais espiritual.

Verdade: A palavra “Cabalá” significa “receber/recebido”, porque não pode aprender Cabalá sem um professor que lhe forneça essa sabedoria através das lentes da tradição ininterrupta e recebida.

Obras clássicas da Cabalá, como O Livro da FormaçãoO Livro do Brilho e o Livro do Esplendor, o Zohar, estão disponíveis em tradução e com comentários. Mas essas obras foram propositadamente compostas num formato que só os iniciados conseguiam descodificar. Entendê-los não é uma questão de simplesmente ler os comentários – esses próprios comentários exigem um conhecimento profundo do seu contexto dentro do dos ensinamentos. Mais importante, eles exigem sabedoria e experiência para ver através da sua interface esotérica.

E esta é uma tarefa altamente delicada e preciosa.
O Zohar compara aquele que ensina algo sem estar enraizado na tradição dizendo que é um segredo da Torá com aquele que faz uma estátua e a chama de Deus.
Além disso, desde o século 16, a Cabalá tornou-se universalmente baseada nos ensinamentos do rabi Isaac Luria, que decifrou o código do Zohar ao revelar doutrinas-chave, como o tzimtzum absoluto, a quebra dos vasos e a missão da alma de efetue um tikun resgatando faíscas perdidas e reunindo mundos com a Divindade. Ele também revelou um microscópio para as sefirot, descrevendo o seu funcionamento em termos de partzufim – “faces” ou matrizes detalhadas.

Esses ensinamentos foram redigidos na linguagem enigmática e altamente metafórica dos cabalistas de Tzfat e que não se submete a uma tradução. Por isso foram amplamente mal interpretados e até mesmo usados abusivamente por aqueles que foram incapazes de retirar a metáfora/interface para ver a luz interior.

É verdade que entender a Cabalá requer a ressonância da alma junto com a acuidade da mente. Mas também exige integridade à sabedoria recebida. Com trabalho dedicado e professores autênticos, podemos compreender verdades que estão além dos limites da mente humana.

 

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