“O melhor presente que podemos dar ao mundo é a nossa própria transformação.”
-Lao Tsé-
A angústia que nos oprime é a mesma que nos sublima. As algemas que nos prendem são as mesmas que se abrem e nos libertam.
A lagarta, cansada de rastejar, sujeita-se à solidão de um casulo, como caminho de sublimação. Silenciosamente, esquece o mundo exterior e volta-se para o mundo que, em si mesma, lateja pedindo e ansiando por transformação. É a lei natural.
Renuncia, por isso, à flor que desabrocha; ao perfume que inspira. Não contempla o sol que nasce, e tão pouco busca os seus raios que a aquecem. Não sente a erva com orvalho, nem experimenta o aconchego da relva fresca e macia. Não ouve o canto dos pássaros, o murmurar de um riacho ou a melodia da natureza em festa. Tudo é silêncio. Tudo é deserto. Tuso é isolamento.
No entanto, sob a aparente letargia, há um universo que se agita, que se transforma. As mutações chamam por si, sente a angústia nas entranhas e angustia-se, por não saber bem o que virá a seguir.
Sabe apenas que não pode e não deve fugir ao seu processo do vir-a-ser, da transformação, da evolução sem comprometer o porvir.
Se resistes ao medo, nunca vais saber como é não ter medo; se resistes ao avançar nunca saberás o que é chegar mais à frente; se resistes ao falar em público nunca saberás qual a sensação de estar na frente de uma audiência; se resistes ao mudar de vida, nunca saberás como poderia ter sido; se resistes a experimentar algo novo, nunca saberás como te sentirias…
Se resistes aos pensamentos de dúvida, receio, medo, angústia, NUNCA te vais libertar das algemas, nunca vais usar as tuas asas para voar, para seres Tu mesma e um novo ser ao mesmo tempo!
Larga esses pensamentos e sentimentos e viverás mais Leve.